MIONLINE

(…) como uma cáp­sula do tempo, daqui a 30 anos esta mesma maga­zine será lida por outra pes­soa. Não esta­mos nos refe­rindo exa­ta­mente à publi­ca­ção que está fisi­ca­mente aco­mo­dada entre seus dedos, pois o suporte de lei­tura é o que menos importa. O que esta­mos falando mesmo é do con­teúdo e, con­se­quen­te­mente, do valor que ele repre­sen­tará sim­ples­mente por ser de um deter­mi­nado momento his­tó­rico. Pensar a Mi de forma atem­po­ral é um exer­cí­cio inte­res­sante, torna o con­texto atual mais leve, menos ran­co­roso, e até mais atra­ente. É como se pudés­se­mos desen­vol­ver o sen­ti­mento de nos­tal­gia sem pre­ci­sar sair do agora. Nostalgia que cos­tuma ser injusta com o pre­sente con­tí­nuo. O que é pro­du­zido hoje nem sem­pre parece tão bom, é como se fal­tasse algo. E real­mente falta!

Falta por­que o tempo pre­sente ainda está em cons­tru­ção, e cruza nos­sos olhos e ouvi­dos em uma velo­ci­dade tão imper­cep­tí­vel que pode soar desin­te­res­sante e super­fi­cial. E é jus­ta­mente com a inten­ção de evi­den­ciar este momento que uma publi­ca­ção como a Mi se faz necessária.